segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tudo tem motivo, nem tudo tem propósito. Enxergar o mundo pelo lado de fora me tornou excerto de uma literatura insensata e baseada em flashes. Quanto realismo fantástico para a árvore ex-carregada de bons frutos!

-Ah, da Conceição, me diga tudo que eu posso saber, Orfeu, pra esse dia sem rumo e essa noite tão clara!

Ressoando as paredes, resiliente, o pranto cavou fundo. Me disse que onde lhe aprouver, qualquer um que o arremate. E leva, porque o mel, correndo o peito extravasado, lhe amarga a vida. Ai, que medo de me sentir mais eu.


-Hoje tudo vale meu verso e meu silêncio
-quero novas e boas, jamais más
-me conta, ai tu, e u é?

-Ai, tu, que queixas que nunca te louv(o) em meu cantar
-ora quero te perguntar, como nova poderei amar
-quem me fez tronar d'onde eu ia
-e que nunca não lhe tivera grado?

Um comentário:

Anônimo disse...

Sempre procuro em suas frases algo que rememore aqueles versos... Talvez essas últimas, as primeiras? Incógnitas; não, não precisam ser respondidas... Mais uma vez saudações pelas prosas peculiares que causam tamanha comoção... aguardo novas...