sábado, 20 de março de 2010

Ácido

A velha, a voz
canta o som que margeia
que margeia o som
que sai do peito, da bolsa
da velha, que chora
que ri, que come
e fode.

Lá é tudo barato,
é um barato,
a barata é um barato,
que canta, que chora,
que geme, que grita.

A velha pinta
o corpo e procura
o que é certo,
errado,
que fede
e é cristalino.

Não tia,
eu não to com leucemia,
não tem tristeza, nem medo,
nem ziquizira,
que seca a teta
da preta,
que bebe
o leite do gato,
que rasga o peito
quando
de noite,
escuro,
é dia.