sábado, 14 de junho de 2008

Flores

Se um dia eu abrir os braços, tenho medo de voar. Medo que o vento me leve a onde eu nunca fui, nunca pisei, ou jamais estarei.
Mas quem sabe o medo não passe. Pode ser uma tremenda aventura. Navios e canhões. Constelações e piratas na galáxia.
E talvez pousar num pequeno planeta, onde há apenas flores. Nem humanos, nem outras formas de vida. Apenas flores.
E se elas falassem?! Quem sabe elas me diriam que de longe observam a terra. E uma delas me pergunte o que há lá que a faz tão bonita.
Eu irei dizer que há homens, que há rios e oceanos.
E ela, talvez, torne a me perguntar o que há lá que a faz tão bonita?!
E eu direi que há animais selvagens e espécimes que o homem ainda nem ousou descobrir.
E novamente ela me fará a mesma pergunta.
Então responderei que há construções magníficas, muito maiores que o planeta das flores.
Enfim, perguntarei, quase sem paciência, o que faz aquele planeta onde ela vive tão bonito.. .
E ela me dirá: Flores, apenas flores.

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