Diz-se da vida, é vã, fugaz, com sentido a descobrir. Vê-se a vida vã, fugaz, sem sentido para muitos. Única para mim.
Mães, pais, filhos, irmãos, primos, desconhecidos, pessoas à escolher numa imensidão.
Olhei meus pés e vi onde pisam. Atrás havia as marcas desses anos que se passaram, marcas da papete pequenina e do coturno de agora.
As pedras do calçamento dessas ruas me remetem à um tempo mágico com dias que não vivi, sonhos que não sonhei, mulheres que não tive, lugares que não fui e eu mesmo sem a tecnologia de hoje mas com a modernidade de sempre.
Eiras, beiras, barrados, muros de pedra. Portas e janelas guardam segredos que hoje todos poderíamos saber. As cortinas mostram sombras à luz de lamparinas, linho cru e bordados.
Já é domingo, de volta ao mundo real. Boa noite, São Paulo.
domingo, 3 de agosto de 2008
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